Lágrimas são a tinta do poeta
correm como um rio desaguando
num mar revolto, que depois desperta,
em sonhos que assim vão naufragando
As lágrimas escrevem amor, paixões,
humedecem as emoções vividas
perdem-se na tempestade de ilusões
como espuma em areias ressequidas
A tinta dos poetas, seres mutantes
arautos de quimeras delirantes
cativos em lágrimas, quais algemas
Lágrimas são a força, a garra, a fé
dos poetas ao sabor da maré
onde tangem os seus melhores poemas
. NEVOEIRO