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Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007

S. MARTINHO

S. Martinho vem chegando

já com passos apressados

e as castanhas vão assando

em aromas desejados

 

Vem a brisa  empurra o fumo

que se evola pelo ar

e quem passa no seu rumo

vai as castanhas comprar

 

Tostadinhas e roliças

embrulhadas em jornal

são como marcas castiças

dum Outono em Portugal

 

A Água Pé segue a passo

a tradição portuguesa

e sem qualquer embaraço

senta-se c' a castanha à mesa

 

E em casamento ideal

seguem os dois bem juntinhos

embrulhando Portugal

em sabores e em cheirinhos

 


publicado por brizissima às 17:47

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Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007

AS FLORES TAMBÉM FALAM

A florista no mercado

abre a loja das flores

e o que vê são maus olhados

confusões e desamores.

Há muita competição

entre as flores, oh lá se há...

cada qual a mais vaidosa

e com o seu alvará.

Discute a orquidea bela

com a dália e o jasmim

diz ser mais sofisticada

e comprada pra festim.

O cravo sente-se ufano

escolhido pela Revolução

mas logo lhe diz o lírio:

"meu caro, já estás no chão".

Falam rosas orgulhosas

de cores variadas, raras:

"meus queridos, as mais formosas

somos nós e as mais caras.

Servimos amor, paixão

e o Dia dos Namorados.

Quem é mais solicitada,

quem vende mais nos mercados?

Os crisantêmos respondem:

"E nós, temos dia certo

no calendário da vida,

estamos sempre de olho aberto,

andamos muito em enterros

enfeitamos ramos, coroa,

escolhem-nos a nós, sem erro,

e a escolha não é à toa"

As dálias chegam soberbas

de cores diversas, bonitas

"Olhem para nós, quantas pétalas

nos vestem, somos catitas"

Com altivez os antúrios

em grande pompa aparecem

são altos e, em murmúrios,

a confusão estabelecem

"Somos nós as mais bonitas

nossa fama não tem fim

damos classe a qualquer ramo

beleza a qualquer jardim"

Então hortências refilam:

"E nós, queridas amigas,

enfeitamos tantas ilhas

e somos mais que as formigas.

Nossos tons suaves, lindos,

fazem furor pelo mundo

criadas em bruma e vento

vestimos fulgor profundo"

As sardinheiras caladas

foram ouvindo isto tudo

olhavam meio pasmadas

o seu olhar era mudo.

Mas eis que saltam gritando:

"Nós enfeitamos marquises

Portugal de norte a sul

brilha com nossos matizes"

As violetas rasteiras

também solicitam voz

roxas, brancas, rosas, negras

ousam perguntar:"E nós?

Somos lindas, coloridas,

folhas suaves de veludo

não somos caras, nem grandes,

mas compradas para tudo.

Em quartos de hospital,

em escritórios poluídos

fazemos nosso papel

belas e sem alaridos".

Pálidas, cálidas e suaves

dizem depois açucenas:

"Estamos em baptizados

comunhões, sempre serenas"

 

E a verdade é que em todas

existe algo especial

chegando enfim a consenso:

"Para quê nos querermos mal?"

 

Quando a florista borrifa

as flores da mesma maneira

a alegria é geral

e sorri a loja inteira.


publicado por brizissima às 21:53

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SIMBIOSE

Meu corpo é feito de musgo

minha boca cor de amora

os meus cabelos são trigo

que o pássaro louco devora

 

Tem o verde das campinas

o meu olhar deslumbrado

e o branco das salinas

brilha em sorriso rasgado

 

Há aroma a flor silvestre

na minha pele de alecrim

quando a madrugada cresce

e a noite se aninha a mim

 

São lágrimas do meu pranto

gotas da chuva a cair

e há pássaros mudos de espanto

embalando o meu dormir

 

Sopra a brisa no meu peito

em cristal de gargalhadas

e de manhã quando acordo

estão as faces orvalhadas

 

O silêncio é de concha

entre os meus braços fechados

meus dedos agarram estrelas

com elas faço bordados

 

E das nuvens o meu manto

quando me vou enfeitar

agazalho-me de encanto

vou passear ao luar

 

Sou filha da natureza

invento-me em cada aurora

respiro paz e beleza

sorvo a vida a toda a hora


publicado por brizissima às 15:19

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AMOR E MAR - Soneto

Mordemos o tempo em beijos de vento

Sorvemos as horas em sal diluídas

Trocámos promessas num mar sem alento

Despidos do mundo, gaivotas perdidas

 

A brisa soprou doçura e ciúme

A chuva caíu sobre nós, indiferente,

E os dois abraçados bem alto, no cume,

Vivemos a sós este amor imprudente

 

De corpos unidos, corais em paixão,

Gritámos saudade, amor, solidão,

Num marulhar sem mácula nem vício

 

Na noite escura de estrelas sombrias

Acendeu o nosso amor mil fantasias

Rasgando o céu em fogos de artifício!!!


publicado por brizissima às 15:12

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Segunda-feira, 15 de Outubro de 2007

VIDA EM PAIXÃO

Tudo o que tenho cá dentro

feito de fogo e paixão

é a forma como enfrento

a vida e como o meu pão

 

Destilo energia à toa

em cansaços me definho

mas cada canção ou loa

tem verdes de verde pinho

 

Só sei viver cada dia

como o último pra viver

choro e sinto alegria

como instantes a sorver

 

O amanhã não me importa

o futuro não me assusta

tenho aberta a minha porta

mas fechá-la não me custa

 

Venha a morte, mas de frente,

me apanhe lúcida, audaz,

não a seguirei contente

deixando amores para trás

 

Mas é assim; sempre foi,

vêm uns, outros se vão.

Do mistério o que mais doi

é viver a vida...em vão!

 


publicado por brizissima às 21:33

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AS PALAVRAS - Soneto

Soltam-se as palavras e, como asas,

sobem ao alto, descem-me aos infernos

tantas vezes queimando como brasas

quantas moldando desvarios eternos

 

Obrigam-me a dizer o que não queria

sugerem-me a mentir o que não sinto

arrancam solidão que me agonia

desnudam lucidez a que me afinco

 

Ah, se eu pudesse decifrar a sós

o inquietante tom da minha voz;

tanta coisa em mim se esquiva e esfuma...

 

Como se o grito afugentasse os medos

ancorasse feroz os meus segredos

no seio do meu búzio azul e espuma.

 

 


publicado por brizissima às 21:26

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Sexta-feira, 5 de Outubro de 2007

OUTONO III

 

Verdes emurchecentes, desmaiados,

um céu ainda azul mas de sol pálido

um encanto todo feito em tons magoados

um entardecer belo, doce, cálido

 

A brisa agita mais a ramaria

e faz cair as folhas já cansadas

que inertes no chão, em agonia,

soltam soluços quando são pisadas

 

Tua beleza nem toda a gente a sente

mas a tua magia está presente

na solidão sombria do caminho

 

 

No pisar das folhas mortas, uma a uma,

na vaga alta, toda renda e espuma,

o teu encanto vem, devagarinho... 

 

 


publicado por brizissima às 10:55

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Quarta-feira, 3 de Outubro de 2007

OUTONO II

 

 

Apesar de folhas caírem

em suave desalento...

apesar de ventos fluirem

soltando ais e lamentos...

apesar de árvores despidas

chorarem de envergonhadas...

irás continuar, OUTONO,

nas minhas odes poéticas

mesmo que desmaiadas.


publicado por brizissima às 12:10

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CHUVA

              

                     LÁGRIMAS QUE CAEM

                     DE NUVENS RASGADAS

                     EM CINZENTO CHUMBO...

                     LÁGRIMAS MOLHADAS

                     QUE CAEM RASGADAS

                     NA FACE DO MUNDO...      


publicado por brizissima às 12:06

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Segunda-feira, 1 de Outubro de 2007

GAZETILHA - Política?

Meneses canta de galo

o Mendes baixou a crista

pro Sócrates é um regalo

ninguém agora o belisca.

É que há consensos de mais

nesta nova Oposição

se o Sócrates  lhe disser SIM

Meneses não lhe diz  NÃO.

O Santana, muito digno

volta as costas à TV

pois cortaram-lhe as palavras

e já se sabe porquê.

Mourinho vem repousar

e é preciso dar "directo"

audiências alcançar

mesmo não sendo correcto.

Oh, minha Pátria amada!

Aonde é que vais parar?

Não posso ficar calada

é preciso criticar.

Se tudo anda às avessas,

se não há senso comum,

pra ser gentil não me peças

CATRAPUM, PUM, CATRAPUM.

 


publicado por brizissima às 21:32

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